CÓDIGO VERMELHO: QUEDA EM IDOSOS!

Gerontóloga, parceira da Cuidare, fala sobre as quedas e dá dicas para evitá-la.

Você sabia que 70% das quedas em idosos, ocorrem em ambiente domiciliar ou ao em torno dele? Geralmente, esse evento ocorre quando o idoso está realizando atividades rotineiras, as quais chamamos de atividades de vida diária (AVDs). A principal e mais grave consequência disso é a fratura óssea, que gera declínio funcional, risco de novas quedas, depressão e até aumento da mortalidade.

Com o objetivo de conscientizar e evitar quedas e suas consequências, Natalia Caroline Cerri, Gerontóloga (ABG356) formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mestra em Gestão da Clínica pelo PPGGC – UFSCar, Vice-coordenadora ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) – Sub-Regional Rio Claro – SP e parceira integrante da equipe multifuncional da Cuidare Morumbi, traz alguns dados e orientações relevantes sobre o assunto. Confira!

 

QUEDAS EM IDOSOS NO AMBIENTE DOMICILIAR

É incontestável que teremos cada vez mais idosos no mundo, sendo estimado para o ano de 2050 cerca de 2 bilhões de pessoas acima de 60 anos (hoje temos em torno 650 milhões de idosos). À medida que se envelhece, apresentamos um risco significamente maior de experimentar um evento de queda e por consequência sofrer uma lesão.

Estima-se que cerca de 30% a 40% dos idosos com 65 anos ou mais caem pelo menos uma vez ao ano, e essas taxas aumentam de forma expressiva a partir dos 75 anos, quando metade destes idosos caem ao menos duas vezes ao ano. As mulheres apresentam, ainda, um risco maior de cair do que os homens, e cerca de metade de todas as mulheres acima de 85 anos já experimentam uma queda ao ano.

O envelhecimento trás consigo alguns declínios que podem ser de ordem fisiológica. Estes, por sua vez, antecedem um declínio acentuado na capacidade cognitiva e física, como perda de peso e de massa muscular, alterações de mobilidade, equilíbrio e de cognição. Ocorre, também, a diminuição da acuidade visual e auditiva, deixando-os mais susceptíveis à queda.

 

A IMPORTÂNCIA DO CUIDADOR

O maior desafio das famílias é lidar com essas mudanças e despender tempo para o cuidado necessário ao idoso, conciliando a vida pessoal com os horários de trabalho.

A alternativa cada vez mais comum é a contratação de um cuidador que acompanhe o familiar durante as AVDs e esteja atento a possíveis riscos, intervindo a tempo e assim, diminuindo o risco de queda.

Veja se você identifica alguns desses perigos dentro da sua casa:

● Tapetes soltos;
● Ambientes com pouca ou nenhuma iluminação;
● Escadas ou degraus sem corrimão;
● Pisos escorregadios;
● Cadeiras, camas e vasos sanitários muito baixos;
● Obstáculos pelo caminho, como: móveis baixo, fios soltos e animais de estimação;
● Bengalas ou andadores com as ponteiras danificadas.

8 dicas de como podemos prevenir:

● Substituir os tapetes soltos por os que contenham antiderrapante;
● Utilizar sapatos que fiquem presos ao pé, no tamanho real dele e com sola de borracha;
● Instalar corrimões, preferencialmente dos dois lados de escadas, degraus, rampas de acesso, perto de camas, vasos sanitários e dentro do box do chuveiro;
● Manter o idoso ativo, fazendo-o praticar exercícios que melhorem o equilíbrio e a força muscular;
● Deixar luzes acessas durante a noite, facilitando a ida ao banheiro ou até a cozinha;
● Deixar sempre perto e de fácil acesso ao idoso telefone, principais números de emergência e outros objetos de uso rotineiro dele;
● Manter em dia os exames de avaliação tanto de audição, visão e físico;
● Ficar atento a possíveis alterações ou reações medicamentosas;

Fonte:
Sociedade Brasileira de atendimento Integrado ao Traumatizado.