Dicas de amamentação que podem fazer toda a diferença para as futuras mamães!

A amamentação é um momento muito especial para as mamães e seus bebês. Muitos estudos comprovam o grande bem que esse ato de amor e vínculo traz aos bebês em seus primeiros anos de vida, porém, algumas vezes, esse momento especial se torna doloroso e preocupante. Isso pode acontecer por falta de suporte e/ou orientações adequadas, fazendo com que as mães desistam de amamentar ou sofram durante o processo de amamentação.

Para evitar as temidas fissuras e dores na amamentação, é preciso atentar-se a importantes detalhes.

Pensando nisso, a enfermeira obstetra Juliana Oliveira e Silva, com vasta experiência na área, ministradora de cursos para gestantes e parceira integrante da equipe multifuncional da Cuidare Morumbi, trouxe um material com informações relevantes às futuras mamães. Confira algumas dicas e torne esse momento muito mais agradável!

  • Escolha a posição para amamentar que melhor se adeque a você e seu bebê.

Essas são as mais comuns:

Mãe amamentando na posição tradicional
Fonte: reprodução Google

 

  1. Tradicional
A Posição Invertida
Fonte: reprodução Google
  1. Invertida
cavaleiro para amamentar
Foto: Reprodução Google
  1. Cavaleiro

 

  • O bebê deve sempre estar com a barriga voltada para o corpo da mãe e o nariz na altura do mamilo.

O nariz? Sim! A boca do bebê não deve estar exatamente em frente ao mamilo e sim abaixo dele. Na pega correta, o lábio inferior do bebê cobre a região inferior da aréola e o mamilo fica posicionado no “céu da boca” do bebê.

Resultado de imagem para pega correta
Foto: Reprodução Google

 

  • Apoie o corpo do bebê e leve-o ao seio de baixo para cima, encostando primeiro o queixo e lábio inferior na aréola e depois introduzindo o mamilo e parte superior da aréola na boca do bebê.

Para facilitar o “encaixe”, apoie a mama com uma das mãos em formato de “C” bem aberto, de forma que seus dedos fiquem fora da aréola e elevem a mama. A mão pode ser retirada lentamente após o bebê ter realizado algumas sucções, não retire assim que ele abocanhar o seio pois ainda poderá escorregar e soltar.

 

Imagem relacionada
Foto: Reprodução Google

 

  • Após o bebê abocanhar o seio, observe os pontos a seguir para garantir que a pega esteja correta:

 

  • Os lábios devem estar virados para fora, apoiados na aréola e não no mamilo;

 

  • A parte inferior da aréola não deve estar visível, estando dentro da boca do bebê (pode ser necessário manter o apoio com a mão na parte inferior da mama no caso de mamas mais volumosas);

Atenção: preocupe-se com a parte inferior da aréola, não somente com a superior. É natural que do ponto de vista da mãe (que olha o seio de cima) ela foque na parte superior da aréola, mas esse não é o ponto mais importante. A força do bebê durante a mamada está na parte inferior do seu rosto, ele usa o queixo, a língua e o lábio inferior para extrair o leite, então essas estruturas devem estar o mais longe possível do mamilo. Portanto, se não for possível que o bebê abocanhe toda a aréola, deve-se garantir que ele abocanhe a maior parte possível da região inferior, sobrando, portanto, mais aréola acima do que abaixo da boca do bebê.

  • Não devemos escutar barulhinhos como “beijinhos” durante as sucções. Eles indicam que há entrada de ar e o bebê provavelmente não está vedando a boca na mama corretamente.

 

  • As bochechas do bebê não devem fazer “covinhas” durante as sucções. Elas também indicam que o bebê não está fazendo a pressão adequada na mama.

 

  • A mãe não deve sentir dor. Você pode sentir uma pressão, indicando que o bebê abocanhou a mama e no início algumas mães podem achar que essa pressão causa um leve desconforto. Mas desconforto é diferente de dor e ele deve acontecer somente no momento da pega, aliviando após algumas sucções. Caso você sinta incômodo durante toda a mamada ou caso sinta uma dor intensa, retire o bebê do seio e posicione novamente.
Resultado de imagem para cracked nipples from breastfeeding
Foto: Reprodução Google

 

  • Fique tranquila! É natural a falta de jeito entre a mamãe e o bebê nos primeiros dias

É muito natural que, nos primeiros dias de amamentação, você precise retirar o bebê e reposicionar diversas vezes até que acertem a pega. O bebê nasce com reflexos para a amamentação que o estimulam a abrir a boca e sugar, mas ele não sabe necessariamente como posicionar a boca para que essa mamada aconteça de forma efetiva e sem dor à mãe. Cabe à mãe ensiná-lo a forma correta de fazer isso e, após alguns dias de treino, isso passa a ser mais fácil para o bebê.

E por acaso é fácil ensinar alguém a fazer algo que você também nunca fez? Não é! No caso de mães que nunca amamentaram, é muito comum que existam dificuldades nesse momento, pois ambos (mãe e bebê) estão em fase de aprendizado.

  • Busque uma rede de apoio, que você possa contar com o suporte de pessoas que a auxiliem e estimulem durante essa fase

Familiares e amigos podem ser importantes para troca de experiências. O companheiro ou pessoa mais próxima que esteja diariamente por perto, pode ajudar a mãe a lembrar de todos esses detalhes no momento de colocar o bebê no seio, observando de outro ângulo, se as posições da mãe e do bebê estão adequadas. Além disso, conseguirá ajudar segurando as mãos do bebê (que no início são bem agitadas e insistem em ficar entre o rosto do bebê e o seio), colocando almofadas para melhor apoio dos braços e costas da mãe, oferecer água, alimento e suporte emocional durante as mamadas, que podem ser longas e bem cansativas nos primeiros dias.

Ainda como rede de apoio, a mulher pode contar com profissionais capacitados para auxiliá-la nessa fase de aprendizado e adaptação. A Cuidare disponibiliza planos especiais e profissionais capacitados para os cuidados no dia a dia com o bebê, além de pessoas especialistas para atendimento domiciliar nos casos de maiores dificuldades que exijam maior atenção. A consulta de amamentação realizada em domicílio traz a facilidade, conforto e segurança que a mãe precisa, recebendo orientações individualizadas após avaliação de todo o contexto familiar e da amamentação no ambiente em que ela acontece.

 

2009 [Cuidare] 1.png