Síndrome do Pôr do Sol causa episódios de confusão e agitação

Portadores da síndrome têm tendências a experienciar episódios de confusão e agitação conforme o avanço do dia.

Foto: Banco de Imagem.

 

A Síndrome do Pôr do Sol afeta pessoas que possuem algum tipo de demência, causando episódios de confusão e agitação. Portadores da síndrome têm tendências a experienciar episódios de confusão e agitação conforme o avanço do dia.

Ao contrário do que faz a maioria das pessoas, portadores da Síndrome do Pôr do Sol tendem a ficar agitados ao entardecer, revelando aumento das atividades neste período. Essa síndrome é associada à doenças mentais, afetando a memória, comportamento e suas habilidades.

De acordo com o Dr. Gustavo de Carvalho Rêgo, médico geriatra titulado pela SBGG, a Síndrome do Pôr do Sol é uma alteração comportamental que se inicia ao entardecer e ocasiona confusão mental. O médico afirma, ainda, que a síndrome tem sua base fisiopatológica na redução dos níveis de acetilcolina, neurotransmissor produzido pelo sistema nervoso.

Geralmente, a síndrome manifesta-se em fases intermediárias da demência, declinando a sua incidência à medida que a doença vai agravando. Idosos que sofrem com essa síndrome, têm tendência a dormir mais durante o dia, o que aumenta o despertar prolongado durante o período noturno (inversão do ciclo de sono-vigília). Estas alterações decorrem da perda progressiva dos mecanismos neuronais responsáveis pela geração do sono.

CAUSAS:

Atividades do dia a dia tornam-se cansativas para portadores de demência. No período da manhã, estão exaustos e isso pode ocasionar problemas ao entardecer.

Demência pode levar a confusão e dificuldade de processar e raciocinar. Isso, geralmente, afeta o relógio biológico do corpo humano, desorganizando a noção temporal de dia e noite e, consequentemente, afetando os horários de sono. Se o relógio biológico não funciona de forma adequada, gera uma série de distúrbios que causam confusão e exaustão, que propiciam o gatilho desencadeador da síndrome.

Alguns eventos específicos, que causam ruptura no cotidiano do idoso podem, também, ser a causa para o desenvolvimento da síndrome, como por exemplo a hospitalização ou mudança de ambiente. A síndrome também pode ocorrer com maior incidência quando a pessoa sente dor, apresenta constipação severa, uma alimentação pobre em nutrientes e vitaminas, quadros de infecções ou se encontra em ambientes barulhentos.

FATORES DE RISCO

Existem alguns fatores de risco associados à síndrome. Um deles é a doença de Alzheimer. De acordo com o site ALZ, cerca de 20% dos portadores da doença experienciam, em algum grau, a Síndrome do Pôr do Sol. Pessoas com histórico de abuso de álcool e outras substâncias, também têm o risco aumentado.

OS SINTOMAS

Confusão mental ou desorientação com dificuldade no raciocínio, paranoia, distúrbios do sono – insônia, acarretando sonolência durante o dia, alterações no comportamento, dificuldades em se expressar com clareza, fala descoordenada, alucinações visuais, vagância e até mesmo agressividade física ou verbal, são alguns dos sintomas da Síndrome do Pôr do Sol.

MANTENDO A QUALIDADE DE VIDA

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Foto: Reprodução Google.

 

Existem medidas que ajudam quem é afetado por essa síndrome a atenuar os sintomas. Algumas ações simples como manter a pessoa ativa durante o dia, evitar cochilos na parte da tarde, incentivar a prática de exercícios físicos, desenvolver atividades recreativas que estimulem e deixem a pessoa em movimento, ter alimentação saudável e balanceada, evitar consumir café e açúcar à noite, evitar fazer refeições em horários tardios, procurar um médico que possa detectar alterações clínicas como dor, infecções.

Aproveitar a luz do dia: a exposição a luz do sol pode ajudar a reduzir alguns sintomas da síndrome, principalmente quando aliado à prática de exercícios, proporcionar ao idoso um ambiente confortável para dormir; além de manter o cômodo parcialmente iluminado para reduzir os riscos de confusão mental, caso o idoso perambule à noite; ajudar ao idoso com Alzheimer a se orientar em relação ao tempo e espaço, lembrando-o onde ele está e que horas são, são algumas das medidas que podem corroborar para a manutenção da qualidade de vida dessas pessoas.

 

Matéria: Medical News Today e Dr Gustavo Rêgo